quinta-feira, 27 de março de 2008

VEM AI ......

Todos aqueles que tenham em mente o tradicionalismos como seu estilo de vida, e que desejem ver o RIO GRANDE DO SUL conquistar seu espaço pelo que é realmente, com seus valores e ideologia.
Para todo aquele GAÚCHO de alma e sangue farrapo. Sem distinção de raça, cor, crédo religioso ou classe social que esteja realmente comprometido com o TRADICIONALISMO.
Podem vir e juntar-se a nós.

AOS COMPANHEIROS
- Francisco
- Agripina
- Mônica
- Maria
- Sandro
- Magda
- Dalmirene
- Woshington
- Chirstiano
- Chistiele
- Aline
- Bianca
- Manolo
E tantos outros que agora não estou lembrado. Meu abraço!
Guardem bem esse nome GRUPO TRADICIONALISTA CANDEEIRO.

terça-feira, 25 de março de 2008

NEM TODA A MÚSICA GAUCHESCA É TRADICIONALISTA GAÚCHA!




Antes Tchê, hoje, seilá o que!
Um dos fins do Tradicionalismo Gaúcho Brasileiro organizado é o de preservar o Patrimônio Sociológico do Estado do Rio Grande do Sul, representado, principalmente, pelo linguajar, vestimenta, arte culinária, forma de lides e artes populares. Por conseqüência, o referido Movimento Cultural Regionalista objetiva resguardar, também, a tradicional moralidade de homens e mulheres do interior sul-brasileiro. Augusto Comte – o Pai da Sociologia -, ensinou-nos que esta é o conjunto das ciências que tratam do homem na sociedade, isto é, sob o aspecto moral, cultural, jurídico, político, econômico etc. Partindo-se da premissa de que Tradição Gaúcha é o conjunto de coisas boas do passado, preservadas e retransmitidas – de pai para filho, ao longo do tempo – às novas gerações, constatamos que ao Patrimônio Sociológico do RS está inclusa, necessariamente, a moral, os bons costumes da população residente do interior do Estado Garrão do Brasil. Diante dessas simples constatações, podemos afirmar que nem toda a música gauchesca ou nativista é música tradicionalista gaúcha. E se há a ocorrência de músicas com conteúdos não tradicionalistas nos ambientes do Tradicionalismo organizado é porque este se tornou palco para os interesses econômico-financeiros e político-partidários. É em atendimento a estes que as Entidades da Tradição há muito corrompem a Filosofia Tradicionalista Gaúcha Brasileira. Muitos desses Santuários Tradicionalistas - os CTGs e as demais Sociedades Culturais filiadas ao Movimento Tradicionalista Gaúcho Brasileiro organizado -, há muito já se esqueceram dos princípios que fundamentam as suas próprias existências para atender às pretensões de candidatos a cargos públicos e aos fins do mercado musical-artístico, todos alheios aos fins de um Tradicionalismo explorado, subjugado, reduzido, apossado. Poderíamos, diante desse contexto, dizer que as duplas e as bandas que se apresentam hoje no meio tradicionalista gaúcho portando chapéus R. Oliver, sem a pilcha gaúcha tradicional e tocando músicas não tradicionalistas, são Tradicionalistas a tal ponto de poderem ser contratadas pelo Tradicionalismo? Poderíamos, por acaso, rotular de Tradicionalistas as músicas que, embora utilizando algum ritmo gauchesco, estão a explorar fatos sociológicos relacionados com os que se desenvolvem nas zonas do meretrício ou com o uso de terminologias como a que é usada na composição Pra Bailar de Cola Atada, com letra de Anomar Danúbio Vieira e melodia de Juliano Gomes, e gravada pela dupla César Oliveira e Rogério Melo, onde a palavra percanta - originada do lunfardo, gíria marginal portenha que até hoje sobrevive no tango, música popular surgida nos prostíbulos da periferia de Buenos Aires -, cujo significado é meretriz, termo incorporado no vocabulário fronteiriço sul-rio-grandense com a mesma acepção, ou seja, com o significado de puta, china de vida fácil, e que originou outro termo, o percanterio, isto é, puteiro, casa de chinaredo? E, ainda, embora gauchesca, poderia ser Tradicionalista uma música cuja letra induz aos que se encontram presentes em um ambiente tradicionalista a falsa idéia de que nos tempos presentes os homens não mais gostariam de mulher como naqueles tempos dos Bailes de Cola Atada, ou seja, pode ser essa composição musicada representativa do Patrimônio Sociológico-tradicional-moral do Povo Gaúcho do Rio Grande do Sul? É evidente que não, como igualmente não são Tradicionalistas os artistas que não respeitam a indumentária regional, o compasso musical e a tradicional moralidade dos interioranos do Sul do Brasil, por motivos pessoais de ordem comercial. Ora, se um causo bagaceira não deve ser contado em um ambiente familiar, se uma poesia que relata situações amorais não deve ser declamada no meio tradicionalista, também uma música gauchesca não tradicionalista - composta e gravada com fins comerciais e, por isso, podendo ser apresentada nos Bailões de Barraca -, não deve ser executada dentro das Entidades Culturais filiadas ao Tradicionalismo Gaúcho organizado. É de bom alvitre que a Filosofia Tradicionalista da Carta de Princípios, os Estatutos e Regulamentos Tradicionalistas sejam observados no Tradicionalismo, especialmente no que se refere à música e à indumentária tradicional dos Gaúchos Campeiros do Rio Grande do Sul. Do contrário, não haverá nem transmissão, às novas gerações , das coisas boas do passado nem preservação do Núcleo da Formação Gaúcha, do Patrimônio Sociológico do Rio Grande do Sul, mas apenas falsas e fingidas virtudes, hipocrisia e desrespeito às autênticas Tradições do Povo Gaúcho Sul-brasileiro!
Matéria extraida do site Bombacha Larga de 23/03/2008