sábado, 19 de abril de 2008

POESIA


LIDA
O galo cantado
Anunciando outra manhã,
Eu “solito” mateando
Sob a copa do tarumã



Amanhã se espichou longa
Couro estaqueado e arreio ensebado
Assoviando uma milonga
De parceiro, o cusco oveiro.



A tarde vem se aquerenciando
Desemalo os arrieios e pego a gateada
Pro campo vou me bandeando
Pra repontar a vaca pesteada.



Logo descamba a boca da noite
A indiada de vereda se entoca
Caindo a geada fazendo açoite
E a friagem que o minuano provoca



Cevo um amargo,por ali fico
Pensando em causos, na lida e assombração
E um cerne de angico
Queimando em fogo de chão...

DOM GASPAR MARTINS - POÉTA URUGUAIANESE

quinta-feira, 17 de abril de 2008

ESTELIONATÁRIOS CULTURAIS DA TRADIÇÃO GAÚCHA SUL-BRASILEIRA!

Tradição dos Campeiros Sul-Rio-Grandenses: Patrimônio Cultural do Povo Gaúcho Brasileiro!

Os valores, praticamente inexistentes numa sociedade hodierna cada dia mais explorada política e economicamente, sucumbem diante do grande número de fraudes, engodos e logros contumazes, presentes em quase todas as ações humanas deste começo de século XXI. Da alimentação e remédios aos serviços em geral; das manipulações do mercado financeiro às burladas práticas científico-educacionais, públicas e privadas; das defraudações político-partidárias às espoliações cultural-tradicionalistas, estas verificadas atualmente no interior de instituições responsáveis pelo culto, preservação e divulgação do autêntico Patrimônio Cultural-regional do Estado do Rio Grande do Sul. Ao alterarem a essência dos usos e costumes pertencentes ao Povo Gaúcho Sul-brasileiro, os falsos tradicionalistas, os exploradores comerciais da cultura regional sul-rio-grandense e os políticos inescrupulosos, todos estão a adulterar, a falsificar a verdadeira Tradição dos Gaúchos Campeiros do Rio Grande do Sul. Manipulando a um público sem consciência cultural-regionalista, vendem-lhe produtos com qualidade viciada mediante ilicitudes empregadas na busca do lucro e de mercados. Ofertam aos incautos, como se fossem parte da Tradição dos Gaúchos Campeiros da região Sul do Brasil, aspectos culturais alienígenas como chapéus country, gineteada vacum, rastras, boinas coloridas da Catalunha, cintas, camisas vermelhas, pretas e de cores berrantes, bombachitas eslaques, botas, fivelas e coletes cow-boy, lencitos-cueca, músicas sertanejas, estilos e ritmos de outras plagas e dos modismos urbano-mercadistas. Oferecem a consumidores ingênuos. Lesados e imprudentes, como se fossem Tradicionalistas, os serviços de grupos musicais sem identificação alguma com a Filosofia Tradicionalista Gaúcha, seja na indumentária seja no ritmo musical utilizado; os músicos sem qualquer tipo de respeito aos fins do Tradicionalismo organizado de preservação do patrimônio sociológico dos Gaúchos Campeiros do Rio Grande do Sul e do atendimento aos postulados da Carta de Princípios do Movimento Tradicionalista Gaúcho Brasileiro. Tais ações fraudulentas corrompem, alteram, modificam, desnaturam uma cultura regional pertencente a todo o Povo Gaúcho Brasileiro, em função de objetivos particulares e setoriais de comércio, de negócio, de lucro. Entretanto, os atores dessa exploração, na verdade, não passam de Exterminadores dos Valores Moral-cultural-tradicionalistas do Estado do Rio Grande do Sul; de Estelionatários Culturais da Tradição Gaúcha dos Sulistas Brasileiros!

Matéria extraida do site www.bombachalarga.com.br

quarta-feira, 16 de abril de 2008

QUANDO O AMOR SE FAZ, A GENTE NÃO ESQUECE MAIS!


O dia marcado finalmente chegou, na cidade de Panambi, Rio Grande do Sul. E um novo ato de amor se fez, no altar da Igreja Nossa Senhora de Fátima. Os nubentes Rafael e Mariana sabiam que recordariam para sempre aquela data, pois quando o amor se faz, a gente nãoesquece mais.

E ouviram mais fortes as batidas de seus corações. Era uma nova e importante fase que nascia para um peão e uma prenda, naquele sábado, dezesseis de fevereiro de dois mil e oito: a vida conjugal. Os olhares, os suspiros, o beijo. Estava selada, perante o Patrão Velho das Alturas, e abençoada pelo vigário da paróquia local, a união matrimonial de mais um casal de gaúchos. E diante da recomendação da Igreja, de que essas coisas devem acontecer uma só vez, o novo casal tinha de recepcionar os amigos e com eles comemorar o enlace. E assim foi feito. Peão e Prenda seguiram até a sede social do Centro de Tradições Gaúchas Tropeiro Velho, em um caminhão ano 1923. Naquele CTG, trajados tipicamente como os seus antepassados, os recém-casados acompanharam seus convidados na degustação de costelões assados, carnes de porco, saladas e demais acompanhamentos. E, depois, um “buffet” de rapaduras serviu a todos a sobremesa. A música fandangueira do Grupo Musical Garotos do Sul, antes de animar o fandango, tocou para o casal um Chamamé. Lá fora, nesse mesmo instante, o assobio de um vento repentino ajudou a marcar o ritmo. A melodia que envolvia o ambiente tradicionalista ressaltava, como por magia e com uma grande e inexplicável força, os sentimentos elevados de afeição, carinho, simpatia, ligação espiritual, amizade e amor, os mesmos que resplandeciam daquele comovente e exclusivo bailado, e que a todos contagiava. Os convidados, presentes nesse Casamento Tradicionalista Gaúcho, daquele momento especial recordar-se-ão sempre que contemplarem as cuias recebidas, com porção de erva-mate e o cartão que os ensinava a curti-las. Mas os jovens Rafael e Mariana, para sempre terão marcados nas suas lembranças os felizes momentos vivenciados nesse seu matrimônio tradicionalista. Pois quando o amor se faz, a gente não esquece nunca mais! A Rafael e Mariana os nossos votos de eterna felicidade na vida conjugal e familiar que ora se inicia!
Matéria postada no site Bombacha Larga em: 22/02/2008
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OPINIÃO DO BLOG
Esse tipo de evento nos remete a uma nostálgica alegria de ver nossas raízes sendo cultivadas.
Fico feliz pelos noivos, e agradeço a nosso PATRÃO VELHO CELESTIAL por essa maravilhosa TRADIÇÃO GAÚCHA!